1 de março de 2013

ARTE ROMÂNICA




     A arte românica, desenvolveu-se desde o século XI até o início do século XIII, período caracterizado pela crise do sistema feudal. No entanto, a Igreja ainda conservava grande poder e influência, determinando a produção cultural e artística desse período, cuja representação típica são as basílicas. A arte deste período passa a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.  Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura.






As características mais significativas da arquitetura românica são:

* abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
* pilares maciços que sustentavam  paredes espessas;
* aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
* torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; 
* arcos que são formados por 180 graus.

A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das idéias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical.




O termo “Românico” é uma referência às influências da cultura do Império Romano, que havia dominado durante séculos quase toda a Europa Ocidental, porém essa unidade já há muito havia sido rompida desde a invasão dos povos bárbaros. Apesar de línguas e tradições diferenciadas nas várias regiões europeias e da fragmentação do poder entre os senhores feudais, o elemento religioso manteve a ideia de unidade na Europa e a arte Românica reforça essa unidade. Esse foi ainda um período de início do desenvolvimento comercial e de peregrinações, favorecendo a difusão dos novos modelos.


Durante a Idade Média os mosteiros tornaram-se os centros culturais da Europa, onde a ciência, a arte e a literatura estavam centralizados.

Os monges beneditinos foram os primeiros a propor em suas construções as formas originais do românico. Surge assim uma arquitetura abobadada, de paredes sólidas e delicadas colunas terminadas em capitéis cúbicos. Os mosteiros eram na verdade unidades independentes e dessa forma estruturaram-se segundo necessidades particulares.





Foi, portanto, nas igrejas que o estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude. Eram os próprios religiosos que comandavam as construções a partir do conhecimento monástico. Suas formas básicas são facilmente identificáveis: a fachada é formada por um corpo cúbico central, com duas torres de vários pavimentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa. Nesse estilo destacam-se a abadia de Mont Saint-Michel na França e a catedral de Speyer, na Alemanha.


Fonte: O Mundo da Arte, Enciclopédia das Artes Plásticas em Todos os Tempos - tiragem especial da ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA.