17 de dezembro de 2010

Nicholas Roerich


Cenários Fabulosos, grandiosos, figuras e símbolos religiosos compõem a obra de Nicholas Roerich, um dos pintores mais famosos da história da arte.
 Porém, mais do que isso, sua obra ficou conhecida por tentar estabelecer caminhos espirituais que abrangessem toda a humanidade.
As histórias que se contam a respeito do pintor, explorador e místico russo Nicholas Roerich (1874-1947) não são poucas. Alguns dizem que, entre suas cerca de sete mil pinturas, existem visões proféticas da Primeira Guerra Mundial. Outros têm como certo que, durante suas expedições ao Tibete, ele teria entrado em contato com informações secretas importantes. O pesquisador David Hatcher Childress diz que, ao norte das montanhas Kun Lun, em Sinkiang, Roerich ouviu falar a respeito do Vale dos Imortais, localizado acima das montanhas. O próprio artista escreveu, na obra Shambala (Ed. Nova Era), que atrás da montanha viviam homens santos capazes de salvar a humanidade por meio de sua sabedoria.

Também se diz que ele esteve na posse de uma “pedra mágica de outro mundo”, conhecida como a Pedra Chintamani, originária do sistema de Sirius. Segundo se diz, textos antiqüíssimos relatam que um “mensageiro divino” deu um fragmento da pedra ao imperador Tazlavoo, da Atlântida. Como teria ido parar às mãos de Roerich, não se sabe, mas ela teria sido enviada à Europa para ajudar no estabelecimento da Liga das Nações, o que ocorreu em 1919. Posteriormente, com o fracasso da Liga, em 1946, a pedra teria retornado à posso de Roerich, que poderia tê-la levado para o Vale dos Imortais ou para Lhasa. Para alguns grupos ligados à Fraternidade Branca, Roerich é considerado um dos mestres ascensos, ou seja, colocado numa categoria especial, não apenas por seu conhecimento místico, mas por sua postura na Terra como alguém que lutou pela paz e pela igualdade entre os homens.

Se existem dúvidas quando à veracidade dessas histórias, o fato é que Roerich teve um contato muito próximo com o Oriente, especialmente em seus aspectos místicos, e isso é visível em grande parte da sua obra; são inúmeros os quadros retratando o Himalaia e figuras importantes da história religiosa da região, de Arjuna e Krishna a Moisés e Issa, o nome pela qual alguns pesquisadores acreditam que Cristo era conhecido na Índia.

Nascido em São Petersburgo, na Rússia, desde cedo Nicholas Konstantinovich Roerich teve contato com um ambiente cultural em que proliferavam artistas, escritores e cientistas. Já aos nove anos, foi convidado por um arqueólogo para participar de explorações na região, experiência que despertou seu interesse em colecionar artefatos pré-históricos, moedas e minerais. Da mesma forma, ainda jovem, já demonstrava a capacidade para a pintura e começou a cursar a Academia de Arte em 1893, ao mesmo tempo em que fazia faculdade de Direito, por exigência do pai.

Ele esteve ligado a movimentos de vanguarda nas artes russas que antecederam a revolução de 1917, como a revista The World of Art (O Munda da Arte), fundada por Sergei Diaghilev e pela princesa Maria Tenischeva. E foi após terminar sua tese universitária que Roerich conheceu Helena, com quem se casou em seguida. Certamente, Helena colocou Nicholas em contato mais íntimo com os conhecimentos religiosos e místicos do Oriente. Ela foi a autora do livro The Foundations os Buddhism e de uma tradução da Doutrina Secreta, de Helena Blavatsky. Mais tarde, Helena e Nicholas fundariam a Agni Yoga Society, em Nova York, que defendia uma ética viva e compreensiva e sintetizava os ensinamentos religiosos e filosóficos de todas as épocas.

Sua primeira pintura com tema religioso foi realizada em 1904 e, em seguida, começou a retratar santos e lendas russas. Em algumas obras, ele pintou anjos que, segundo os estudiosos de sua vida, eram as primeiras descrições dos mestres hierarcas que faziam parte da crença de Roerich numa “grande fraternidade” que cuidava e guiava a humanidade em sua jornada eterna em busca da evolução. Outro sinal de sua relação com a religiosidade e misticismo encontra-se, segundo estudiosos, na utilização constante da palavra “tesouro” nos títulos de suas obras, indicando não uma riqueza material, mas a riqueza espiritual que está ao alcance de todos que se propuserem a procura-la.

O contato com Diaghilev levou Roerich a participar de momentos importantes das artes russas a partir de 1906, quando Diaghilev apresentou inúmeros artistas ao público europeu, especialmente Paris.

Alguns anos antes da Primeira Guerra Mundial, Roerich começou a realizar uma série de pinturas que demonstravam sua sensação de que um cataclismo se aproximava da Europa e, mais especificamente, da Rússia. Suas obras se tornam simbólicas e alegóricas, referindo-se ao eterno conflito entre o Bem e o Mal.

Com a revolução na Rússia, em 1917, Roerich e a família começaram a pensar em viajar para a Índia, uma vez que seria perigoso retornar ao país; mas a viagem só ocorreria anos depois. Enquanto isso, ele foi para Londres e, depois para os EUA, onde exibiu suas telas em inúmeras cidades.

Naquele país, Roerich manteve sua idéia de viajar à Índia, e grande parte das pinturas realizadas nessa época demonstra seu interesse pela espiritualidade do Oriente. Seus biógrafos dizem que seus poemas escritos entre 1916 e 1919 refletem sua busca espiritual; eles foram publicados em Berlim, em russo, com o título Flowers of Morya, e em inglês, como Flame in Chalice. Os poemas são considerados importantes para entender o simbolismo que ele utilizou em suas pinturas. Segundo a estudiosa Irina Corten – autora de Flowers of Morya: The Theme of Spiritual Pilgrimage in the Poetry of Nicholas Roerich - , o autor tinha um sistema de crença centrado na concepção hindu do universo, sem início e sem fim, e que se manifesta em ciclos recorrentes de criação e destruição das formas materiais, devido à pulsação da energia divina. No plano humano, isso significa o desenvolvimento e a queda de civilizações e, individualmente, a reencarnação.

Assim, em maio de 1923 finalmente Roerich conseguiu realizar a tão esperada viagem à Índia, à procura de seus laços espirituais mais profundos.

A passagem pela Índia começou, com visitas aos centros de cultura e locais históricos, além de encontros com cientistas, estudiosos, artistas e escritores. Logo ele e a sua família tinham chegado ao sopé do Himalaia, que era seu verdadeiro interesse. A trajetória escolhida levou-o ao Turquistão chinês, Mongólia e Tibete, seguindo por regiões não mapeadas, onde esperava estudar as religiões, idiomas, costumes e a cultura dos habitantes.

Essa primeira expedição foi registrada com detalhes em seu livro Heart of Ásia, para não falar das cerca de 500 pinturas que retratam os locais que visitou e as figuras e conceitos religiosos com os quais entrou em contato; surgem imagens das gigantescas montanhas do Himalaia, de Cristo, Maitreya, Buda, Moisés, Confúcio e outros; algumas ligadas às histórias sobre Shambala, a cidade que, ora é descrita como estado escondida nos subterrâneos do Himalaia, ora como um local existente em outra dimensão, ao qual apenas alguns poucos escolhidos têm acesso.

Segundo os estudiosos de sua obra, ao pintar os líderes e santos de diferentes religiões, Roerich estava reafirmando sua crença na bondade da vida e na espiritualidade dos seres humanos, assim como acreditava que as religiões eram uma única coisa, de modo que a fé humana tinha uma raiz comum.

Ele também pintou uma série de deidades femininas. Helena Roerich escreveu sobre a visão de seu marido a respeito da posição da mulher no mundo, e que certamente antecipa algumas das posturas que se espalharam pelo planeta posteriormente. A idéia básica é de que no momento em que as mulheres se livrarem da “hipnose” que as mantém subjugadas e presas à noção de que são mentalmente inferiores, irão criar um novo mundo, em colaboração com o homem.

Os biógrafos afirmam que a presença de Helena foi fundamental em sua vida, não apenas inspirando, mas dividindo o trabalho de criação e de pesquisa, o que o próprio Nicholas confirmou em seu diário.

A expedição terminou em 1928, e a família se estabeleceu no Vale de Kulu, a cerca de 2.000 metros de altitude, aos pés do Himalaia. Foi lá que fundaram o Urusvati Himalayam Reaserch Institute, com o objetivo de estudar os resultados de sua expedição e das que ainda seriam realizadas. As atividades incluíam estudos botânicos, etnológicos e lingüísticos, além da exploração de sítios arqueológicos. Nicholas contou com a ajuda de seus filhos, George e Svetoslav, formando uma coleção de ervas medicianais, da farmacopéia tibetana e chinesa, e do conhecimento médico antigo.

Em 1929, Roerich retornou a Nova York e tentou levar adiante uma idéia que tinha em mente desde 1914: um tratado de proteção internacional aos tesouros culturais, tanto em tempo de guerra quanto em paz. Consultou advogados especializados na legislação internacional e formulou um Pacto, sugerindo que uma bandeira, que ele chamou de Bandeira da Paz, seria colocada em todos os locais sob sua proteção. A bandeira tinha três interpretações: uma diz que as esferas representavam a religião, a arte e a ciência como diferentes aspectos da cultura, o círculo que as envolvia; a outra diz que as esferas representam as realizações passadas, presentes e futuras da humanidade, guardadas pelo círculo da Eternidade. Esse símbolo pode ser visto no Selo de Tamerlão, nas jóias do Tibete, Cáucaso e Escandinávia, e em artefatos bizantinos e de Roma. A imagem da Madona de Estrasburgo é adornada com ele, e pode ser visto em várias pinturas de Roerich.

Essa proposta representava sua visão de um futuro para a humanidade, em que todos estivessem unidos, segundo ele escreveu “(…) da maneira mais fácil, criando uma linguagem comum e sincera. Talvez através da Beleza e do Conhecimento.

Em 1935, as nações da América assinaram o Pacto Roerich, na Casa Branca, em Washington, e ainda existem organizações em todo o mundo que fazem de tudo para que o tratado seja mantido e respeitado.

Quase todos os estudiosos de sua vida e obra entendem que seu trabalho esteve voltado para o despertar espiritual da humanidade, que ele considerava fundamental para nosso futuro. Queria que a humanidade estivesse preparada para a Nova Era, na qual Rigden Jyepo (considerado o soberano do mundo subterrâneo, citado por Ferdinand Ossendovski em Bestas, Homens e Deuses) iria reunir seu exército e, sob a Bandeira da Luz, derrotar as trevas. Perseguiu a beleza, considerando-a sagrada, e acreditando que, mesmo que os templos e artefatos construídos pela humanidade pudessem se acabar, o pensamento que fez com que essas obras existissem não morreria, pois é parte de uma corrente eterna de consciência.

Roerich morreu em Kulu, em 1947, deixando um legado que ultrapassa a fantástica quantidade de quadros pintados. Sem dúvida, ele foi um dos precursores dos movimentos pacifistas que proliferaram em anos mais recentes, acreditando que a paz e a unidade da raça humana eram absolutamente necessárias para a sobrevivência do planeta e para um processo contínuo de evolução espiritual.

Extraído da revista Sexto Sentido 43; páginas 18-22 
FONTE: http://despertarja.com

11 de dezembro de 2010

Frases de isadora Duncan

Meu corpo é o templo da minha arte. Eu o exponho como altar para a adoração da beleza."

"Dançar é sentir, sentir é sofre, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"


 "Assim como o nu é  a coisa mais sublime em toda a arte, deve ser mais sublime na dança, porque  dançar é o ritual religioso da beleza física."


"A arte não é, de modo nenhum, necessária. Tudo o que é preciso para tornarmos o mundo mais habitável é o amor". 

ISADORA DUNCAN

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11 de setembro de 2010

a arte que vai ao mar - Jason de Caires Taylor - Esculturas debaixo d'água



Série de esculturas submarinas, localizada em Granada, nas Antilhas. Tudo concebido para criar um recife artificial.

Visite www.underwatersculpture.com para obter mais detalhes.


Créditos: canal de divetaylor

Mileno: Museo subacuatico de Arte MUSA y Jason deCaires Taylor







Veja fotos de museu com esculturas submarinas para preservar corais

Exposição foi feita em Cancún, no México.
São 200 obras prontas para serem submersas nas próximas semanas.




O escultor francês Jason DeCaires Taylor está montando um museu subaquático em Cancún.
Museu Subaquático de Artes, Cancún - Esculturas de Jason DeCaires Taylor / BBC



Museu de esculturas submarinas ajudará a preservar corais no México
Cerca de 200 estátuas de cimento serão colocadas no mar para se transformar em refúgios de vida marinha.

BBC

Museu coral matéria
Exemplo de escultura para preservar corais em
Cancún (Foto: Museu Subaquático de Artes,Cancún
- Esculturas de Jason DeCaires Taylor / BBC)


O escultor Jason DeCaires Taylor está inaugurando um museu subaquático no fundo do mar em Cancún, no México.

Com cerca de 200 esculturas de cimento prontas para serem submersas nas próximas semanas, DeCaires espera criar um suporte para os corais marinhos da região, ameaçados pelo turismo intensivo.

Confira galeria de fotos

Ao colocar suas peças no fundo do mar, o escultor perde o controle sobre elas, que passam a ficar à mercê da natureza.

A colonização da vida marinha deve mudar constantemente sua aparência e cores.

Algumas figuras já foram submersas e têm atraído a atenção do público, que mergulha para ver as estátuas.

Filho de pai inglês e mãe guianense, crescido na Ásia e na Europa, DeCaires passou a vida em contato com o mar e chegou a ser instrutor de mergulho.

Formado em artes e especializado em esculturas em pedras, o artista foi o primeiro a fazer instalações submarinas, ganhando fama com o primeiro parque de esculturas submerso do mundo em 2006, em Granada, Caribe.

Com sua obra, ele tenta unir a arte ao meio-ambiente e ressaltar que, apesar de vivermos cercados por edifícios, não podemos negar nossa dependência da natureza.

Até o fim deste ano, DeCaires pretende dar início à última fase do projeto, que consiste em convidar outros artistas plásticos para contribuir para o Museu Subaquático de Arte.

Extraído de: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/09/museu-de-escult...

3 de setembro de 2010

Livro sobre arte em tampas de bueiros japoneses

Livro sobre arte em tampas de bueiros japoneses

Por vorspier


O artista e fotógrafo Remo Camerota, do White Wall Studios lançou neste ano o livro Drainspotting, que traz diversas fotos tiradas no Japão. O objeto no foco da câmera de Camerota é algo em que muitas pessoas não costumam prestar atenção: tampas de bueiro.

No Japão, onde o fotógrafo vive, a arte em tampas de bueiro está espalhada por várias cidades, que chegam a competir entre si para ver quem cria o design mais genial. Muitos dos bueiros contêm ícones locais, desenhos com aparência tradicional e referências aos mangás. Os encarregados por fazer essas tampas são empresas especializadas, que fazem as artes de acordo com as especificações dos órgãos públicos.

O artista ganhou um prêmio do New York Book Festival pelo melhor livro de fotografia. Camerota também é autor de outro livro de fotografia, Graffiti Japan. Os livro  estão à venda na Amazon .
Para ler uma reportagem com Camerota, clique aqui. Para ver o blog do artista, visite este link.
Fontes : Design Taxi e Drainspotting

20 de agosto de 2010

A Máquina do Mundo




Carlos Drummond de Andrade


E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel,
se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.


Este poema foi escolhido como o melhor poema brasileiro de todos os tempos por um grupo significativo de escritores e críticos, a pedido do caderno “
MAIS” (edição de 02-01-2000), publicado aos domingos pelo jornal “Folha de São Paulo”. Publicado originalmente no livro “Claro Enigma”, o texto acima foi extraído do livro “Nova Reunião”, José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1985, pág. 300.

Enviado pela amiga Lis

2 de julho de 2010

MICHELANGELO

Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na cidade de Capresse, Itália, no dia 6 de março de 1475. Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de Florença


Biografia e obras
Como grande parte dos pintores e escultores da época, Michelangelo começou a carreira artística sendo aprendiz de um grande mestre das artes. Seu mestre, que lhe ensinou as técnicas artísticas, foi Domenico Girlandaio. Após observar o talento do jovem aprendiz, Girlandaio encaminhou-o para a cidade de Florença, para aprender com Lorenzo de Médici. Na Escola de Lorenzo de Medici, Michelangelo permaneceu por 2 anos (1490 a 1492). Em Florença, recebeu influências artísticas de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um grande centro de produção cultural.
Foi morar em 1492 na cidade italiana de Bolonha, logo após a morte de Lorenzo. Ficou nesta cidade por 4 anos, já que em 1496 recebeu um convite do cardeal San Giorgio para morar em Roma. San Giorgio tinha ficado admirado com a escultura em mármore Cupido, que havia comprado do artista. Nesta época, criou duas importantes obras, com grande influência da cultura greco-romana: Pietá e Baco. Ao retornar para a cidade de Florença, em 1501, cria duas outras obras importantes: Davi (veja imagem acima) e a pintura a Sagrada Família.
No ano de 1503, o artista recebeu um novo convite vindo de Roma, de Júlio II. Foi convocado para fazer o túmulo papal, obra que nunca terminou, pois constantemente era interrompido por outros chamados e tarefas. Entre os anos de 1508 e 1512 pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, sendo por isso comissionado por Leão X (veja abaixo a definição de mecenas). Neste período também trabalhou na reconstrução do interior da Igreja de São Lourenço em Florença.
Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O Último Julgamento, na janela do altar da capela Sistina. Em 1547 foi indicado como o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro no Vaticano.



Morreu em 18 de fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade na cidade de Roma. Até os dias de hoje é considerados um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos, junto com outros de sua época como, por exemplo, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Donatello e Giotto di Bondone.

* Mecenas = pessoas ricas e poderosas da época que investiam nas artes como forma de conseguir reconhecimento e status perante a sociedade. Geralmente eram príncipes, burgueses, bispos, condes e duques. Foram importantes para o desenvolvimento das artes plásticas e da literatura na época do Renascimento Cultural, pois injetaram capital nesta área. A burguesia, classe social em ascensão e que lucrava muito com seu trabalho voltado para o comércio, viu no mecenato uma forma de alcançar o status da nobreza.



Relação das principais obras de Michelangelo:
- Afrescos do teto da Capela Sistina
- A criação de Adão
- Julgamento Final
- Martírio de São Pedro
- Conversão de São Paulo
- Cúpula da Basílica de São Pedro
- Esculturas: Davi, Leda, Moisés e Pietá
- Retratos da família Médici
- Livro de poesias : Coletânea de Rimas
- A Madona dos degraus (relevo) 



http://www.suapesquisa.com/michelangelo2/

20 de junho de 2010

Arte e cura com as cores espirituais

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As pessoas dotadas de energias mediúnicas trazem consigo o dom do resgate cármico em menor tempo.

Quem dera, se todas entendessem assim.

Você já ouviu dizer que um médium é um ponto de luz na terra? Imagine vários pontos de luz acendendo-se ao mesmo tempo?

Ela se banhará de brilho e de harmonia.

Mas não viemos para falar sobre esse tema.

No entanto, ele é bastante oportuno.

Chamo-me Tarsila do Amaral, já deves ter me visto na literatura brasileira retratada como pintora que fui.

Foi uma existência muito prazerosa. Estou viva e exercendo com muita alegria aquilo que a vocação permite através dos laços de afinidades com a arte continua, especialmente dando ênfase a esse trabalho que regenera, trata e reequilibra através das cores juntamente com outros companheiros afins que também são vinculados à arte.

Constantemente vimos comentários que a arte cura, e faz o indivíduo sair de sua couraça para descobrir o divino que está armazenado dentro de si. Bendito também todos aqueles que humildemente tornam-se instrumento de cura para os enfermos de várias categorias. É uma oportunidade de aprendizado para nós artistas das cores. Com certeza só temos a agradecer ao Pai, as blandícias do seu amor para conosco proporcionando essa chance de trabalho aos nossos espíritos antigos, mas ainda devedores.

Viveis num século muito decisivo, não só para a terra, quanto para as várias dimensões e moradas celestiais. Surge um novo tempo ou uma nova era, onde haverá os acertos naturais através das leis da sabedoria do universo.

O Planeta Terra passará por momentos de grande inovação, e os seres humanos em breve estarão mais integrados a fé, a si, a Deus e ao outro, para saborear as conquistas de sua essência imortal.

Todos nós que lidávamos com a expressão da beleza, estamos hoje incumbidos de trazer nesse período regenerativo, mensagens de otimismo e de esclarecimento, até porque para nós é motivo de crescimento, e, essas lições nos deixam mais cúmplices nesse processo.

O trabalho com as cores, tintas, ou as luzes também fazem parte desse momento. Quanto mais pessoas vinculadas a ele para servirem de instrumento de cura para os que estão na matéria e fora da matéria, melhor para todos.

Cresceremos todos juntos. De minha parte fico muito feliz em poder participar desse banquete espiritual colorido.

Engana-se quem pensa que trazemos as telas sempre prontas por trabalharmos em níveis sutis, onde a energia das cores é expandida através de diversos recursos com a intervenção dos instrutores do espaço e técnicos especializados que realizam essa modalidade de projeção. Alegramo-nos pelos muitos medianeiros que cientes do seu compromisso, agem desinteressadamente servindo de ligação com esses trabalhadores do bem para a melhora de milhões e milhões de irmãos enfermos que moram em regiões densas e demais locais de sofrimento.

Pudésseis presenciar a beleza desse trabalho e a seriedade com o que ele é feito, certamente ficaríeis extasiados, com a manipulação dos fluidos cósmicos coloridos.

Estou feliz por aqui está, e rogo a Deus, o pai maior, que nos permita dar continuidade a essa tão bela tarefa. Que alguns intermediários do bem saiam dos seus casulos e cumpram a missão que escolheu realizar na terra.

Agradeço por esse encontro e confesso que foi maravilhoso. De minha parte gostaria de dizer-te que nunca desistas do trabalho com as cores da forma que trabalhas entregando-te ao momento sem esperar grandes obras de arte.

Nós também estamos contigo e treinando a humildade, começando do começo, nos tornarmos pintores infantis.

Jesus nos faça melhor, e tudo pela arte, porque nesse século ela eclodirá em grandes proporções abrindo portas e janelas internas, facultando a integração da criatura com o Criador.

Muita paz minha irmã, prossegue, acima de tudo.

Não estamos sozinhos, milhões e milhões de seres iluminados estão a nos guiar.

Tarsila do Amaral

- Canal: Francyska Almeida- 020205-Fort-Ce.
Veja mais desenhos canalizados de Francyska Almeida


Fonte: 
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http://fraternidadebranca-luzdanovaera.blogspot.com

18 de junho de 2010

José Saramago



Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.
O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila.

Fundação José Saramago
18 de Junho de 2010

http://www.josesaramago.org/


Um pouco de suas palavras:

- Mais do que olhar, importa reparar no outro.
Só dessa forma o homem se humaniza novamente.
Caso contrário, continuará uma máquina insensível
que observa passivamente o desabar de tudo à sua volta.

- Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar. 


- há coisas que nunca se poderão explicar por palavras

- Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.

Ser-se homem não deveria significar nunca impedimento a proceder como cavalheiro


http://www.pensador.info/autor/Jose_Saramago/

Fayga Ostrower


Fayga Ostrower - uma pequena biografia


Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower chegou ao Rio de Janeiro na década de 30. Cursou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, em 1947, onde estudou xilogravura com Axl Leskoscheck e gravura em metal com Carlos Oswald, entre outros. Em 1955, viajou por um ano para Nova York com uma Bolsa de estudos da Fullbright.

Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Seus trabalhos se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. Recebeu numerosos prêmios, entre os quais, o Grande Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo (1957) e o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza (1958); nos anos seguintes, o Grande Prêmio nas bienais de Florença, Buenos Aires, México, Venezuela e outros.
Entre os anos de 1954 e 1970, desenvolveu atividades docentes na disciplina de Composição e Análise Crítica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No decorrer da década de 60, lecionou no Spellman College, em Atlanta, EUA; na Slade School da Universidade de Londres, Inglaterra, e, posteriormente, como professora de pós-graduação, em várias universidades brasileiras. Durante estes anos desenvolveu também cursos para operários e centros comunitários, visando a divulgação da arte. Proferiu palestras em inúmeras universidades e instituições culturais no Brasil e no exterior.
Foi presidente da Associação Brasileira de Artes Plásticas entre 1963 e 1966. De 1978 a 1982, presidiu a comissão brasileira da International Society of Education through Art, INSEA, da Unesco. Em 1969, a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, publicou álbum de gravuras suas, realizadas entre 1954 e 1966. É membro honorário da Academia de Arte e Desenho de Florença. Fez parte do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro de 1982 a 1988. Em 1972, foi agraciada com a condecoração Ordem do Rio Branco. Em 1998, foi condecorada com o Prêmio do Mérito Cultural pelo Presidente da República do Brasil. Em 1999, recebeu o Grande Prêmio de Artes Plásticas do Ministério da Cultura.
Seus livros sobre questões de arte e criação artística são: Criatividade e Processos de Criação (Editora Vozes, RJ); Universos da Arte (Editora Campus, RJ); Acasos e Criação Artística (Editora Campus, RJ); A Sensibilidade do Intelecto (Editora Campus, RJ - Prêmio Literário Jabuti, em 1999); Goya, Artista Revolucionário e Humanista (Editora Imaginário, SP) e A Grandeza Humana: Cinco Séculos, Cinco Gênios da Arte (Editora Campus, RJ). Publicou numerosos artigos e ensaios na imprensa e na mídia eletrônica. A biografia Fayga Ostrower foi lançada em 2002 pela Editora Sextante - RJ.
Fayga foi casada com Heinz Ostrower, historiador cuja biblioteca foi doada para o Arquivo Edgard Leuenroth, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, em Campinas, São Paulo. Deixou dois filhos, Anna Leonor (Noni) e Carl Robert; e três netos, João Rodrigo, Leticia e Tatiana.
Nascida em 1920 na cidade de Lodz, Polônia, a artista faleceu no Rio de Janeiro, em 2001.

Fonte: http://www.faygaostrower.org.br/artista.php

12 de junho de 2010

AMOR, POESIA, SABEDORIA

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AMOR, POESIA, SABEDORIA
Edgar Morin


 “Edgar morin se interroga sobre tres evidências – o amor, a poesia, a sabedoria – que iluminam nossas vidas, escondendo inteiramente todo seu enigma e complexidade.
O amor só vive – lembra ele – em estado de “enamoramento”, regenerando-se a partir de si mesmo.
A poesia, aquém e além de um modo de expressão literário, representa este “estado segundo”, que nos invade no fervor, no maravilhamento, na comunhão, na exaltação e, certamente, no amor; ela nos faz habitar a terra prosaica e poeticamente.
Quanto à sabedoria, no mundo antigo ela era entendida como sinônimo de filosofia. A questão que se coloca aqui e agora é a seguinte: pode haver uma sabedoria moderna? E ver-se-á nesse livro, de que maneira amor, poesia e sabedoria encontram-se inextricavelmente ligados.”
Ed. Bertrand Brasil, Rio de janeiro 2003
Meus amigos, creio que muitos de vocês já leram este livro do Morin e achei oportuno nesse dia dos namorados trazê-lo à lembrança de vocês. Quem leu, releia, quem não leu corra, vá ler. Só para ficar com bastante vontade, transcrevo uns pequenos trechos; boa leitura:
“A poesia é liberada do mito e da razão, mas contém em si sua união. O estadp poético nos transporta através da loucura e da sabedoria, e para além delas”.
...”é que as palavras de amor são seguidas de silêncios de amor”.
...”deverá também haver prosa para que haja poesia.”
“O fim da poesia é o de nos colocar em estado poético.”
“Em resumo, a poesia é a estética, o amor, o gozo, o prazer, a participação e, no fundo, é a vida!”

Gostaram?
Então não deixem de ler.
Feliz Dia dos namorados

10 de junho de 2010

EDVARD MUNCH



  Edvard Munch nasceu em Löten, na Noruega, em 12 de dezembro de 1863, e estudou arte em Oslo. Começou a pintar em 1880, primeiramente retratos e depois uma série de quadros naturalistas que testemunham sua rejeição do impressionismo da época. É característico dessa fase o quadro "Criança doente" (1886).
     Apesar do escândalo causado pela exposição de suas obras em Oslo, Munch ganhou uma bolsa de estudos em 1889. Morou na França, na Alemanha e na Itália, e somente após 18 anos regressou à terra natal. Em Paris, fez contato com os pós-impressionistas, especialmente Toulouse-Lautrec e Gauguin, de quem recebeu reconhecida influência.

     Interessado também no realismo social de Ibsen, criou para o escritor os cenários e figurinos da peça Peer Gynt, montada em Paris em 1896. A atmosfera sombria, os nus e retratos espectrais de Munch inspiram-se em Ibsen, mas a partir de 1890 seu expressionismo adquiriu caráter simbolista, de teor quase histérico em "O vampiro", "A angústia" ou "O grito".

     Em Paris, pintou ainda "Frisa da vida", que considerou a síntese de sua obra. Em Berlim, entre 1892 e 1908, conheceu August Strindberg e influiu na evolução do expressionismo alemão.

     Em 1910, definitivamente de volta à Noruega, Munch renovou sua pintura com um estilo não menos vigoroso mas de cores claras, em que se abranda o espírito trágico das obras anteriores. São dessa fase os murais "O sol", "A história" e "Alma mater", que criou de 1910 a 1915 para a Universidade de Oslo.

     A maior parte de sua obra, inclusive admiráveis litografias e xilogravuras como "Moças na ponte" e "Noite branca" (1911), pode ser vista no museu de Oslo que recebeu seu nome. Edvard Munch morreu em Ekely, próximo a Oslo, em 23 de janeiro de 1944.




©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

6 de junho de 2010

Ballet Clássico



As origens do Ballet Clássico estão no Período Renascentista.
Nos seculos XV e XVI, a aristocrácia em Itália e França festejavam casamentos, celebrações de alianças politicas e de vitória em guerras ou união de terras, ou simplesmente para entreternimento das Casas Reais Européias e sua nobreza, grandiosas festas públicas.
Inicialmente, encontramos a nobreza italiana a receber seus convidados em ricas celebrações que poderiam durar dias. A dramatização dos movimentos, os temas desenvolvidos e a dança pantomimica demonstravam os primeiros passos de uma estrutura e na altura,os espectaculos destacavam tanto a dança,como a mimica, o canto, a música com os instrumentos e a poesia.
Era com estes espectáculos pomposos que eles divertiam-se com seus convidados.
O primeiro Ballet de Corte foi apresentado no casamento do Duque de Milão com Isabel de Argon, no ano de 1489, e os pares apresentaram-se graciosamente com pequenos e delicados passos dificultados pelo vestuário pesado e ornamentado da epóca.
Em 1533, Henrique II, futuro rei de França, casou-se com a aristocrata italiana, Catarina de Médicis e foi assim que o baletto da corte italiana desembarcou na corte francesa.
Artistas italianos especializados vieram para compor a festa e apresentaram luxuosos espectáculos que tinham cenários, artistas, coreografias e direcção artistica dando ao casamento, uma organização teatral.
Em 1581, a propria Catarina de Médicis, produziu em França com direcção artistica de Baldassarino de Belgiojoso ou Balthazar de Beaujoyeulx, nome adoptado em França, o ballet de corte, Ballet Comique de la Reine.
Apresentado em 15 de Outubro de 1581 no grande salão do Louvre, o bailado tinha como tema a Mitologia e baseava-se em Circe, uma feiticeira com poderes mágicos.
A dança alternava-se com o verso e com a musica e a estrutura de desenhos geometricos era seguida tendo a plateia a assistir ao espectaculo de um plano superior. O ballet teve duração de cinco horas e foi interpretado pelos nobres da corte e pela propria Rainha e damas de companhia.
Historicamente, Beaujoyeulx e seu bailado Ballet Comique de la Reine é reconhecido como o primeiro coreografo de Ballet e primeiro bailado com estrutura artistica devido ter havido um trabalho de composição de dança e canto com dramatização.
Houveram antes deste outros bailados e organizadores mas a historia para precisar qualquer acontecimento necessita de um ponto fixo no tempo e esta festa em especial para celebrar o casamento da irmã de Catarina de Médicis e devido a sua influencia foi considerada ponto de partida para o desenvolvimento do ballet.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/arts/1653663-ballet-historia-da-dan%C3%A7a-classica/

23 de maio de 2010

FRIDA KHALO



Biografia


Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul (A Casa Azul), em Coyoacán, que naquela época era uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México.
Seu pai, Guillermo Kahlo (1871-1941), nasceu Carl Wilhelm Kahlo, em Pforzheim Alemanha, filho de Henriette Kaufmann e Jakob Heinrich Kahlo. Enquanto a própria Frida sustentou que seu pai era de ascendência judaico-húngara,[3] pesquisadores demonstraram que os pais de Guillermo Kahlo não eram judeus, mas luteranos alemães.[4] Guillermo Kahlo navegou para o México em 1891 com a idade de dezenove anos e, após sua chegada , mudou seu nome alemão, Wilhelm, para o equivalente em espanhol, "Guillermo".
A mãe de Frida, Matilde Calderón y Gonzalez, era uma católica devota de origem indígena e espanhola.[5] Os pais de Frida se casaram logo após a morte da primeira esposa de Guillermo durante o nascimento do seu segundo filho. Embora seu casamento tenha sido muito infeliz, Guillermo e Matilde tiveram quatro filhas, sendo Frida a terceira. Ela tinha duas meia irmãs mais velhas. Frida ressaltava que ela cresceu em um mundo cercado por mulheres. Durante a maior parte de sua vida, no entanto, Frida se manteve próxima a seu pai. Sua família continua tendo presença no mundo artístico até os tempos atuais; a atriz, escritora e cantora Dulce María é sua sobrinha-bisneta.
Em 1913, com seis anos, Frida contrai poliomielite, sendo esta a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo de sua vida. A poliomielite deixa uma lesão no seu pé direito e, graças a isso, ganha o apelido Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). A partir disso ela começou a usar calças e depois, longas e exóticas saias, que vieram a ser uma de suas marcas pessoais.
Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo. Embora o seu pai tivesse a pintura como um passatempo, Frida não estava particularmente interessada na arte como uma carreira.
Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, aos 18 anos aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Porém sofreu um grave acidente. Um bonde no qual viajava chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou as costas de Frida, atravessou sua pélvis e saiu por sua vagina. Tal acidente fez a artista ter de usar vários coletes ortopédicos de materiais diferentes, chegando inclusive a pintar alguns deles (por exemplo o colete de gesso na tela intitulada "A Coluna Partida"). Por causa desta tragédia, fez várias cirurgias e ficou muito tempo acamada. Durante a sua longa convalescença ,começou a pintar com uma caixa de tintas que pertenciam ao seu pai, e com um cavalete adaptado à cama.
Em 1928 quando Frida Kahlo entra no Partido comunista mexicano, ela conhece o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.


Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit com Rivera. Entre 1937 e 1939 Leon Trotski vive em sua casa de Coyoacan.
Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreve para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declara mais tarde: "pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".
Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 dá aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.






















Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o "Auto-retrato em um vestido de veludo" (1926), "retrato de Miguel N. Lira" (1927), "retrato de Alicia Galant" (1927) e "retrato de minha irmã Christina" (1928)
Vida pessoal
Casa-se aos 21 anos com Diego Rivera, um casamento tumultuado, ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais. Kahlo que era bissexual esteve relacionada com Leon Trotski depois de separar-se de Diego. Rivera aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, embora não aceitasse seus casos com homens. Frida descobre que Rivera mantinha um relacionamento com sua irmã mais nova, Cristina que teve 6 filhos. Separam-se, mas em 1940 unem-se novamente, o segundo casamento foi tão tempestuoso quanto o primeiro. Durante o casamento, embora tenha engravidado mais de uma vez, nunca teve filhos, pois as sequelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final.

Depois de algumas tentativas de suicídio com facas e martelos, em 13 de julho de 1954, Frida Kahlo, que havia contraído uma forte pneumonia, foi encontrada morta. Seu atestado de óbito registra embolia pulmonar como a causa da morte. Mas não se descarta que ela tenha morrido de overdose, que pode ter sido acidental ou não. A última anotação em seu diário que diz "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida" permite aventar-se a hipótese de suicídio.
Pesquisadores com base na autópsia de Frida acreditam ter sido envenenada por uma das amantes de seu então marido.



Diego Rivera descreveu em sua auto-biografia que o dia da morte de Frida foi o mais trágico de sua vida.
Casa Azul, o museu
Quatro anos após a sua morte, sua casa familiar conhecida como "Casa Azul" transforma-se no Museu Frida Kahlo. Frida Kahlo, reconhecida tanto por sua obra quanto por sua vida pessoal, ganha retrospectiva de suas obras, com objetos e documentos inéditos, além de fotografias, desenhos, vestidos e livros.





Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Frida_Kahlo