ARTE ROMANA
As características gerais da arquitetura romana são:
* busca do útil imediato
* senso de realismo
* grandeza material, realçando a idéia de força
* energia e sentimento
* predomínio do caráter sobre a beleza
Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas
por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e
práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um
ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os
homens da sociedade. O retrato é um registro cuidadoso das feições do homem,
modeladas plasticamente e tentando exprimir sua personalidade e caráter. O
artista concentra-se no essencial da expressão; pode dar pouca atenção aos
detalhes do cabelo, da barba, mas dedica o maior cuidado à expressão dos olhos,
às linhas do rosto, à posição da boca. Uma vez que o artista para penetrar além
das feições do homem começa a remodelar ou até distorcê-las, abriu-se o caminho
para o tipo de representação simbólica
do rosto humano – não mais um retrato pessoal, mas uma imagem simbólica dos
imperadores (principalmente), que afasta o homem de nós, colocando-o na esfera
do sobre-humano e divino.
As construções eram de cinco
espécies, de acordo com as funções:
religião/templos;
comércio e civismo/basílicas; higiene/termas; divertimentos/circo, teatro –
imitando o teatro grego e anfiteatro – destinado às lutas dos gladiadores que
compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo; monumentos
decorativos/arco do triunfo.
Na pintura o mosaico foi muito utilizado para decoração dos muros e pisos da
arquitetura em geral.
A maior parte das pinturas
romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que
foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a .C. Os estudiosos da
pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos
edifícios em quatro estilos:
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso
pintado, dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a
ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas,
formando um grande mural.
Terceiro estilo:
representações fiéis da realidade
valorizando a delicadeza dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura,
geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.
Com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes diminuíram e poucos
monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da decadência do Império
Romano que, no séc. V - precisamente no ano de 476 - perde o domínio do seu
vasto território do Ocidente para os invasores germânicos.
Fonte: O Mundo da Arte, Enciclopédia das Artes Plásticas em Todos os Tempos - tiragem especial da ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA.