Os gregos tinham uma ideia do tempo cíclico, as coisas acontecendo e se repetindo, vida/morte/renascimento, mas também uma certa ideia de destino pois imaginavam algo anterior que traçaria os caminhos da vida.
O Drama grego tem suas origens nas festas populares em honra a Dionísio, deus da embriagues inconsciente, do vinho, das forças ocultas, da criatividade e da reprodução. Paulatinamente a figura de Dionísio vai sendo substituída por outros personagens mitológicos ou históricos. A postura inconsciente do início transforma-se e prevalecem a tendência à ordem, à harmonia, à beleza exterior, à serenidade das emoções identificadas com Apolo, Deus das ciências e das artes.
A partir de Aristóteles os gregos vão buscar a lógica, a harmonia e a definição, mostrando aversão ao difuso e indefinido. Para ele há dois tipos de arte: artes mecânicas – que se ocupam dos instrumentos de trabalho – e artes imitativas da natureza. A função da arte segundo Aristóteles, é dupla – pedagógica e catártica. Podemos perceber que Aristóteles já nos falava do valor terapêutico da arte. Através das obras teatrais são vividas as paixões que, de outro modo, tenderiam a ocorrer na realidade.
No pensamento de Platão há uma certa desvalorização da arte pois esta copiaria o mundo empírico, que já é a cópia do mundo ideal. Para ele ainda, a arte seria danosa no campo moral; operando cegamente sobre o sentimento, a arte nos atrai para o verdadeiro assim como para o falso, para o bem, assim como para o mal.
Nos seus primórdios, por volta de 1000 aC ., surge em Atenas o
estilo protogeométrico de pintura de vasos. O desenvolvimento deste estilo
aumenta apresentando zigue-zagues, losangos, labirintos. Apenas por volta do
século VIII os seres humanos e os animais ocupam posição de destaque na pintura
grega. Mesmo assim, a figura humana aparece estranha, em silhueta com a cabeça
de perfil e o corpo visto de frente em forma de triângulo; os braços parecem
palitos de fósforo; as pernas de perfil com nádegas arredondadas e barriga da
perna musculosa.
A arte grega, partindo de uma atitude puramente não representativa, desenvolveu
fórmulas geométricas para a representação de homens e animais. À procura de um
esquema ideal de forma humana e divina, inspira-se nas realizações da arte
egípcia.
A estatuária grega representa os mais altos padrões
já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas
humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e
perfeição das formas, o movimento. Na escultura grega podemos ver que perde-se
o caráter simbólico e ela torna-se auto-explicativa. Apresenta como
características a busca de equilíbrio, uma idéia de organismo, de algo vivo que
existe por si. É uma afirmação da humanidade, quer ser um corpo humano. Mostra
o homem grego, o homem, não o indivíduo. Extremamente belas, mas inexpressivas
– é sempre a mesma beleza, o mesmo sorriso, o mesmo caráter prototípico. A
plasticidade é sempre algo corpóreo.
No Período Arcaico os gregos
começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente
aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do
corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é
chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
No Período Clássico passou-se
a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que
era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar.
Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram
esculpidas sempre vestidas.
No Período Helenístico
podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram
representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também
segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a
grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de
uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade
e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados.
A pintura grega encontra-se
na arte cerâmica. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio
de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço
utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses
vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e
mantimentos.
A característica mais evidente dos templos
gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era
construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se
estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um
entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a
cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem
dórica, jônica e coríntia.