26 de abril de 2013

A PINTURA e a ARTE TERAPIA




Pequenas indicações:

É uma atividade rítmica que exige aproximação e distanciamento.
Do ponto de vista terapêutico leva o cliente a ir do interior para o exterior.
Deve regular a respiração e a consciência deve se fazer presente na finalização dos trabalhos.

Indicações: naturezas inibidas, com distúrbios de desenvolvimento, insônia, anorexia, insuficiência ou excesso de afetividade, câimbras, histeria, esclerose, cálculos, obstrução das veias, angina, asma, epilepsia, formações tumorais, câncer.

Muito útil para crianças dispersas, com pouco interesse pelo mundo, bem como para pessoas muito intelectualizadas (umidificação da natureza física)

A Doutrina das cores de Goethe, oscila entre um discurso científico e uma linguagem poética; assim também a cor oscila ora como paixão, ora como ação.

A concepção da polaridade entre ação e paixão se reproduz no movimento da reflexão sobre as cores.

No primeiro momento precisam ser separadas entre si para depois serem reunidas novamente através da imaginação; esta transforma a polaridade originária numa totalidade. É por isso que uma linguagem das cores só pode ser figurada, simbólica.

Para Kandinsky, as cores provocam uma vibração psíquica. Escondem uma força real, embora mal conhecida, que age sobre todo o corpo humano.

“A cor é a tecla, o olho o martelo, a alma o piano de inúmeras cordas”.

As cores claras atraem mais o olho e o retém; claras e quentes mais ainda, vermelho – atrai e irrita os olhos, amarelo limão fere os olhos.

As cores existem, esta é uma verdade objetiva. Existem entre a luz e a sombra, a sombra antecedendo a luz. Luz e sombra se encontram, sua interação gera movimento no espaço, esta é a origem de todas as cores – o trágico do encontro das sombras com a luz. Atrás de cada cor há movimento e seu fim é a forma.

Sombra: cuidado, proteção, amor, crescimento, sustentação.

Luz: irradia do centro para a circunferência, carrega o impulso da forma, é clara, fria, acabada.

Cores segundo Dra. Margarethe Hauschka

Azul – resplendor da alma, representa a totalidade das forças anímicas; azul cobalto é o mais celestial.

Todas as nuances de azul estão entre cobalto e índigo.

Azul mais frio – da prússia, pressiona para a forma podendo tornar-se bastante físico no efeito até à materialidade muito rude.
Nos tornamos mais macrocósmicos na identificação com o azul.

Índigo – já se apossa da alma, pressentimento da morte. O tom azul no índigo faz manifestar-se como vivência anímica, aprendemos a superar a solidão do EU quando ele recebe impulsos e fortalecimento.

Amarelo – ascendemos à luz; contém algo mercurial que une fortemente.

Vermelho – resplendor da vida. Com o vermelho aprendemos a orar; no vermelho reside a escuridão, vontade, o calor.

Violeta – revelação da escuridão

Laranja – aprendemos o conhecimento, a nostalgia do conhecimento da essência íntima das coisas. Sentimento que se volta para fora.

Verde – imagem morta da vida. Pertence às cores crísticas, às cores imaginativas.
( branco, preto e pêssego) A morte e também a redenção são os segredos do verde. O verde provoca vivificação da organização sensorial, processo calmante da alma.


Relação com o zodíaco:

Balança – violeta, essência
Virgem – índigo, aparência
Leão – azul, tempo
Câncer – verde, espaço
Gêmeos - amarelo, quantidade
Touro – laranja, qualidade
Áries – vermelho, atividade
Peixes – vermelho mais forte, sofrimento, passividade
Aquário – avermelhado – comportamento
Capricórnio – cor de pêssego, localização, situação
Sagitário – violeta mais claro, relação
Escorpião – violeta claro - substância


Fonte: Terapia Artística, vol 2, Natureza e Tarefa da Pintura Terapêutica - Margarethe Hauschka