18 de março de 2010

AUGUST MACKE

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Meninas sob Árvores

 
August Macke, nasceu em 03 de janeiro de 1887 em Meschede na Westfália. Seu pai August F. Hermann Macke era engenheiro civil e empreiteiro, sua mãe Maria Florentine, conhecida na época de solteira como Adolph, era empreendedora de um agricultor. Seu pai possuía um forte gosto pelas artes, possuindo um talento invulgar. Após o nascimento de Macke eles se mudaram para uma casa, na colônia de Brüsseler Strasse. Em 1897, Macke ingressou na escola secundária de Kreuz, onde conheceu Hans Thuar. O pai de Thuar possuía uma coleção de Xilografias japonesas, que casaram uma forte impressão em Macke.
Macke mudou-se para Bona no final de 1900, onde ingressou na escola secundária de Bona. Macke conheceu Elisabeth Gerhardt, que se tornaria mais tarde sua futura esposa, a caminho da escola em 1903.
Ainda na escola Macke viu algumas pinturas de Arnold Böcklin no Kunstmuseum de Basileia, onde simbolismo do artista deixara uma marca profunda no jovem sensível. Esta foi uma grande influência no desenvolvimento artístico de Macke, que estava cada vez mais determinado a ser artista. Essa idéia era contraria por seu pai, que na altura da quase pobreza preocupava-se com o futuro do filho e achava que ele deveria levar uma vida normal.


Contudo, os planos de Macke encontraram o apoio de um artesão, Alfred H. Schütte, um industrial pai de um colega, que, além de financiar seus estudo, permitiu a ele submeter seu trabalho à opinião de Paul Clemem, professor de História de Arte em Bona, e de Claus Meyer, pintor e professor na Academia de Düsseldorf. Na realidade Macke nunca teve preocupações financeiras, fato que teve suas repercussões no seu desenvolvimento artístico e nas suas obras.Macke deixou a escola secundária cedo, em outubro de 1904, iniciou os seus estudo na Academia de Düsseldorf, começando por frequentar uma aula elementar regida pelo pintor de história Adolf Maennchen.
Na Academia desenhava-se com a ajuda de moldes, que deixou, tempos depois, de satisfazer Macke. Com isso seu entusiasmo inicial deu lugar a uma atitude mais céptica em relação a Academia. No outono de 1905 ele se inscreve na Faculdade de Arte Aplicada. Dois anos antes o arquiteto Peter Behrens havia sido nomeado reitor da Faculdade e havia reformado o ensino de acordo com as idéias progressistas do movimento das artes e o ofícios britânicos.
Macke gostava de trabalhar com a natureza. Ele era inspirado pelo seu trabalho no Düsseldorfer Schauspielhaus, que tinha a direção de Louise Dumont e Gustav Lindemann desde de 1905. Ele foi apresentado a um círculo de ativistas e de progressistas ligados ao teatro. Todavia, quando lhe ofereceram o lugar de diretor artístico da Associação de Teatro, ele recusou. Embora esse trabalho lhe interessasse, seu desejo de se firmar artista prevaleceu.
As primeira tentativas artística datam de 1902.
Em janeiro de 1904, ele já tinha enchido o seu primeiro caderno de esboços (revelando a influência de Böcklin), mesmo antes de ingressar na Academia de Düsseldorf. Ele era apaixonado pela captação de imagens do cotidiano. Durante sua curta vida ele encheu um total de 78 cadernos, num total de mais de 3 mil páginas, muitas utilizadas ambos os lados.
Os trabalhos simbolistas de Max Klinger e naturalistas de Hans Thoma e Wilhelm Leibl tiveram forte influência sobre Macke no início de sua carreira.


Em 1907 ele visita o Kunsthalle e a Sala das Gravuras onde acontece seu primeiro encontro com o Impressionismo Francês. Em junho, faz sua primeira visita a Paris. Em Outono entra para o atelie de Lovis Corinth, em Berlim. Em 05 de outubro de 1909, após se apresentar ao Serviço Militar, casa-se com Elisabeth Gerhard e tem a sua lua-de-mel em Paris. No final de Outubro, o casal muda-se para Tegernsee.
Em 13 de abril de 1910 nasce seu filho Walter, e em novembro retornam a Bona. Em fevereiro de 1911, muda-se para um novo estúdio nº 88 (hoje 96), da Bornheimer Strasse. No final do verão conhece Paul Klee, depoi de visitar a Suíça. Exibe 3 quadros na primeira exposição do Blaue Reiter na Galeria Thannhauser, em Munique.
Na Primavera de 1912 viaja para Holanda. Exibe mais 16 desenhos na segunda exposição do Blaue Reiter. No final de setembro, viaja para Paris com Franz Marc e visita Robert Delaunay. Em outubro vê pinturas futuristas no Kunstsalon Feldmann, em Colónia.
Em 08 de fevereiro de 1913 nasce seu segundo filho, Wolfgang. Em março visita a exposição de Delaunay, em Colónia. Em outubro, instala-se em Hilterfingen, no Lago de Thun, na Suíça.
No início de abril de 1914, ele viaja para Marselha, via Thun e Berna. A 06 de abril faz a travessia de Marselha para Tunes na companhia de Klee e Moilliet. A 22 de abril, regressa com Moilliet a Hilterfingen, via Palermo e Roma. No início de junho, regressa a Bona.
Em 08 de agosto é chamado para o serviço militar e em 26 de setembro, August Macke é morto em combate.




O Hutladen
Informações retiradas do livro: "Macke" de Anna Meseure.
(c) 2000 Benedikt Taschen Verlag Gmbh.

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9 de março de 2010

MUSICOTERAPIA

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Escrito por Elaine L. Teles   
Publicado originalmente no Espaço Luz e Vida


Já é sabido que a Musicoterapia é utizada como uma aliada em diversos tratamentos, como na recuperação de cardíacos, melhora na concentração, redução do uso de medicamentos para a dor, entre outros. Agora esse recurso terapêutico é pela primeira vez aplicado em pacientes com esclerose.

Recente pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujos resultados foram publicados nos Arquivos de Neuro-Psiquiatria, mostra que falar da própria vida e sentimentos através da escolha de músicas ajuda na reconstrução da identidade e qualidade de vida de portadores de doenças crônico-degenerativas. Segundo os autores, esse recurso terapêutico pode ser considerado como mais uma estratégia no tratamento multidisciplinar do distúrbio.

De acordo com os pesquisadores, a técnica da "autobiografia musical" ajudou na expressão dos afetos, frustrações e desejos dos pacientes, reorganizando-os no contexto da doença.

A técnica foi aplicada em oito pacientes com esclerose múltipla, distúrbio neurológico progressivo que afeta adultos jovens e compromete principalmente os movimentos. Eles tiveram que escolher entre 10 e 15 músicas e depois participaram de uma entrevista aberta onde explicaram suas experiências pessoais com cada uma.

Relatos associados à consciência emocional, corporal e primeiros relacionamentos prevaleceram e, segundo os autores, a técnica ainda contribui para que elaborem o senso de continuidade da vida.

A boa música produz efeitos significativos na mente e no corpo do ouvinte, afeta positivamente o sistema nervoso, harmonizando todo o corpo, permitindo assim que todos possam se beneficiar dessa terapia, que como o próprio nome indica, é a aplicação da música (som, ritmo, melodia e harmonia) com finalidades terapêuticas.

Mas como se dá a ação da música no organismo? Os sons, ao chegarem aos ouvidos, são convertidos em impulsos que percorrem os nervos auditivos até o tálamo, região do cérebro considerada como a estação central das emoções, sentimentos e sensações. Os impulsos provocados pela música no cérebro se refletem em todo o corpo e são detectados facilmente pelas novas técnicas de escaneamento cerebral - ou neuroimagem. O ritmo musical influencia os padrões de sono e vigília, a respiração, os batimentos cardíacos, etc. Assim, ao analisar essas alterações, os especialistas conseguem desenvolver terapias específicas para as mais diversas doenças.

A Musicoterapia também pode ser associada à terapia Reiki com sucesso, já que o som também cria cores na aura e equilibra os chacras. O som, sendo uma energia vibratória, exerce influência sobre a frequência de nossos órgãos e chacras.

O primeiro curso de musicoterapia foi criado em 1944, na Universidade Estadual de Michigan.

No Brasil, a formação nessa área existe há mais de 30 anos. A atual Faculdade de Artes do Paraná passou a oferecer um curso de especialização em musicoterapia no ano de 1970. Depois de dois anos, o Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro, disponibilizou o primeiro curso de graduação. Atualmente, existem vários cursos de Musicoterapia no país e os especialistas nessa área crescem a cada ano.

Dança

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“Você precisa amar a dança para aderir a ela. Ela não lhe dá nada de volta, nem manuscritos para guardar, nem telas para exibir nas paredes e talvez pendurar em museus, nem poemas para serem impressos e vendidos, nada além daquele único movimento fugaz quando você se sente vivo”,

Merce Cunningham

3 de março de 2010

IMPRESSIONISMO





                A idéia de um mundo dinâmico, em constante mudança, é a característica desse momento histórico.
            A essa nova concepção de mundo, ligam-se também alguns fatores que influenciariam a tendência da arte. Um deles foi a invenção da fotografia, nos meados do século XIX.
            A explicação dessa nova fase liga-se à consciência adquirida pelo artista de que o mundo – e em particular a arte – vive um processo de reformulação contínua. Nesse sentido, o artista deveria ser um intérprete capaz de mostrar as coisas tais como aparecem no processo de apreensão visual, não propriamente as coisas, mas as coisas enquanto vistas à luz de determinado momento.
            Iniciou no ocidente a procura de novas direções estéticas que libertaram a arte dos moldes antiquados do academismo. Libertou-se a pintura do modelo escultural, transformando-a em vibrações óticas.
            Renovaram-se a cor e a luz. Ultrapassaram-se os limites da forma, buscando a instantaneidade luminosa da natureza.
            A arte passou a ser o diálogo do artista consigo mesmo, com seu universo interior, povoado de sombra e luz, de agressividade e lirismo, de violência e paz. A natureza servia-lhe de pretexto para este encontro com a realidade interna. Através de cores puras e formas espontâneas, buscavam comunicar aquilo que a palavra não poderia exprimir, a vida que se oculta por detrás das aparências.


1 de março de 2010

RODA

 
No Mundo da Roda

Fui ao mundo da roda
Senti o mundo da roda girar
Passei o dia girando em rodas
No mundo da roda a girar
Pra direita a dançar eu trancei
E trançando à esquerda voltei
Balancei num longo balanço
Do balanço tornei a trançar
Em quatro passos fui ao centro
E o centro era o fogo a pulsar
Minh’alma ardeu fogo adentro
Refletiu meu corpo a dançar
Mil vezes, mil passos circulares
Mil vidas em cem rodas vividas
Mil culturas rodei em idas e vindas
Mil tradições em danças circulares
E até agora ainda me parece
Que tudo, tudo ainda roda
Não quero mais ficar de fora
Que fora da roda a vida perece
Vou ficando no mundo da roda
Que tudo na roda é energia a girar
E mesmo quando a roda se rompe
Não se interrompe a alegria a rodar
               
                 João Marino Vieira


BELEZA


“A beleza está também na capacidade de superação dos próprios limites, tecendo matizes diferentes da arte, que, rompendo com os padrões, revela a marca de diferentes lições de vida.” 
Laíse Rezende (mãe de um jovem com Síndrome de Down, ator do Grupo Integrarte).