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Já é sabido que a Musicoterapia é utizada como uma aliada em diversos tratamentos, como na recuperação de cardíacos, melhora na concentração, redução do uso de medicamentos para a dor, entre outros. Agora esse recurso terapêutico é pela primeira vez aplicado em pacientes com esclerose.
Recente pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujos resultados foram publicados nos Arquivos de Neuro-Psiquiatria, mostra que falar da própria vida e sentimentos através da escolha de músicas ajuda na reconstrução da identidade e qualidade de vida de portadores de doenças crônico-degenerativas. Segundo os autores, esse recurso terapêutico pode ser considerado como mais uma estratégia no tratamento multidisciplinar do distúrbio. De acordo com os pesquisadores, a técnica da "autobiografia musical" ajudou na expressão dos afetos, frustrações e desejos dos pacientes, reorganizando-os no contexto da doença. A técnica foi aplicada em oito pacientes com esclerose múltipla, distúrbio neurológico progressivo que afeta adultos jovens e compromete principalmente os movimentos. Eles tiveram que escolher entre 10 e 15 músicas e depois participaram de uma entrevista aberta onde explicaram suas experiências pessoais com cada uma. Relatos associados à consciência emocional, corporal e primeiros relacionamentos prevaleceram e, segundo os autores, a técnica ainda contribui para que elaborem o senso de continuidade da vida. A boa música produz efeitos significativos na mente e no corpo do ouvinte, afeta positivamente o sistema nervoso, harmonizando todo o corpo, permitindo assim que todos possam se beneficiar dessa terapia, que como o próprio nome indica, é a aplicação da música (som, ritmo, melodia e harmonia) com finalidades terapêuticas. Mas como se dá a ação da música no organismo? Os sons, ao chegarem aos ouvidos, são convertidos em impulsos que percorrem os nervos auditivos até o tálamo, região do cérebro considerada como a estação central das emoções, sentimentos e sensações. Os impulsos provocados pela música no cérebro se refletem em todo o corpo e são detectados facilmente pelas novas técnicas de escaneamento cerebral - ou neuroimagem. O ritmo musical influencia os padrões de sono e vigília, a respiração, os batimentos cardíacos, etc. Assim, ao analisar essas alterações, os especialistas conseguem desenvolver terapias específicas para as mais diversas doenças. A Musicoterapia também pode ser associada à terapia Reiki com sucesso, já que o som também cria cores na aura e equilibra os chacras. O som, sendo uma energia vibratória, exerce influência sobre a frequência de nossos órgãos e chacras. O primeiro curso de musicoterapia foi criado em 1944, na Universidade Estadual de Michigan. No Brasil, a formação nessa área existe há mais de 30 anos. A atual Faculdade de Artes do Paraná passou a oferecer um curso de especialização em musicoterapia no ano de 1970. Depois de dois anos, o Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro, disponibilizou o primeiro curso de graduação. Atualmente, existem vários cursos de Musicoterapia no país e os especialistas nessa área crescem a cada ano. |