30 de abril de 2013

ARTE CONTEMPORÂNEA - Inhotim




Inhotim é um complexo museológico com sede em um campus de 97 ha, pontuado por uma série de pavilhões que abrigam obras de arte e por esculturas ao ar livre. O surgimento do Inhotim no cenário das instituições culturais brasileiras tem, desde o início, a missão de criar um acervo artístico e de definir estratégias museológicas que possibilitem o acesso da comunidade aos bens culturais. Nesse sentido, trata-se de aproximar o público de um relevante conjunto de obras, produzidas por artistas de diferentes partes do mundo, refletindo de forma atual sobre as questões da contemporaneidade.

Hoje, Inhotim é a única instituição brasileira que exibe continuamente um acervo de excelência internacional de arte contemporânea.

Graças a uma série de contextos específicos, Inhotim oferece um novo modelo distante daquele dos museus urbanos. A experiência do Inhotim está em grande parte associada ao desenvolvimento de uma relação espacial entre arte e paisagem, que possibilita aos artistas criarem e exibirem suas obras em condições únicas. O espectador é convidado a percorrer jardins, paisagens de florestas e ambientes rurais, perdendo-se entre lagos, trilhas, montanhas e vales, estabelecendo uma vivência ativa do espaço.

Novos projetos são inaugurados periodicamente, incluindo obras criadas site-specific para o local e recortes monográficos e temáticos do acervo, fazendo do Inhotim um lugar em contínua transformação.

www.inhotim.org.b

29 de abril de 2013

Dia Internacional da Dança






Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Dia Internacional da Dança ou Dia Mundial da Dança comemorado no dia 29 de abril, foi instituído pelo CID (Comitê Internacional da Dança) da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no ano de 1982.1
Ainda é uma efeméride nova e até mesmo desconhecida para muita gente, pois começou a ser realmente lembrada no Brasil nestes últimos anos. Cada vez mais, no entanto, artistas e profissionais da área reconhecem que é importante celebrar a data para, inclusive, dar maior visibilidade à dança, lembrar-se de sua importância e de suas demandas.
Ao criar o Dia Internacional da Dança a UNESCO escolheu o 29 de abril por ser a data de nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810). Ele ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. Sua proposta era atribuir expressividade a dança por meio da pantomima, a simplificação na execução dos passos e a sutileza nos movimentos. Noverre se destaca na história por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, “Letters sur la Danse”.
Por coincidência, entre os brasileiros a data também pode estar associada ao aniversário de uma personalidade de indiscutível importância: Marika Gidali, a bailarina que, com Décio Otero, fundou o Ballet Stagium em 1971 em São Paulo, para inaugurar no Brasil uma nova maneira de se fazer e apreciar dança.
O Dia Internacional da Dança é importante como mais um espaço de mobilização em torno deste assunto. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.
Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo. Em particular, o professor Alkis Raftis, então presidente do Conselho Internacional de Dança, disse em seu discurso em 2003 que "em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior). Não há fundos no orçamento do Estado alocados para o apoio a este tipo de arte. Não há educação da dança, seja privada ou pública".

28 de abril de 2013

PONTO, LINHA, PLANO







            O desenho é a expressão gráfica da forma e, deste modo, não é possível desenhar sem o conhecimento das formas a serem representadas.

            Chamam-se elementos fundamentais da geometria, o ponto, a linha e o plano.
            O lugar em que duas pequenas linhas se cruzam, chama-se ponto. Assim o ponto é a intercepção de duas linhas, ou aquilo que é comum à duas porções contíguas de uma linha.

            O ponto em geometria  - ponto geométrico - não tem definição por não apresentar medidas (comprimento, largura, altura).

            No desenho geométrico o ponto é convencional – nós o representamos com duas pequenas linhas cruzadas que servem para definir os lugares geométricos, as distâncias, o centro da circunferência, etc. No desenho expressivo o ponto foge à representação convencional e podem-se dar variações, dando-lhes dimensões:

·         ·    .  .      Neste caso o ponto passa a chamar-se ponto gráfico.

O ponto gráfico é um elemento plástico que serve também para caracterizar o volume. As variações gráficas e cromáticas do ponto colocam-no como um dos elementos básicos para a criação artística.

            Ao deslocarmos o lápis na superfície plana obtemos uma série de pontos que se vão enfileirando no espaço, tão unidos que se confundem num traço contínuo, dando origem a um novo elemento geométrico com a propriedade de apresentar apenas uma dimensão. Podemos então, dizer que a linha é um conjunto de pontos que se sucedem uns aos outros, numa seqüência infinita, ou considerando os axiomas de movimento de Peano – conjunto das posições de um ponto móvel.

            Conforme o movimento que a linha faz, temos:

·         o ponto movimenta-se sempre na mesma direção – reta
·         o ponto vai mudando sempre  de direção – curva ( côncava ou convexa)
·         se o ponto se desloca produzindo uma linha com seqüências de curvas, côncavas e convexas – sinuosa ou ondulada
·         se a linha se apresenta formada de seqüências de segmentos – poligonal ou quebrada
·         se apresenta uma mistura de linhas – mista

No desenho geométrico a linha é tida como unidimensional por alguns autores (não pode apresentar variações de largura), mas no desenho expressivo a linha transforma-se em linha gráfica, podendo haver variações de expessura para melhor expressar o que deve ser caracterizado, sendo, portanto – dimensional.

Quanto à posição as linhas podem ser horizontal, vertical, inclinada e curva; podem tomar direções variadas, sendo convergentes, divergentes, paralelas e perpendiculares.

Quanto ao uso as linhas chamam-se convencionais – finas, cheia, ponteada, tracejada, interrompida.

            Com pontos e linhas damos volume e textura aos nossos trabalhos.

            Uma superfície pode ser considerada como o conjunto das posições de uma linha móvel, e por analogia, um sólido pode ser definido como o conjunto de posições de uma superfície móvel.

            Figura geométrica é todo conjunto de pontos ou de elementos, como linhas, planos superfícies – que são por seu turno, conjuntos de pontos isolados ou combinados entre si.    Sendo forma o aspecto exterior das coisas, podemos dizer que formas geométricas são os conjuntos contínuos de um número infinito de elementos (pontos, retas ou planos) em alguns dos quais se pode supor contida uma figura geométrica.

            As formas geométricas podem ser agrupadas em três categorias:

1ª categoria: a ela pertencem aquelas que se constituem de elementos de uma só espécie, como a série retilínea, que é o conjunto de todos os pontos contidos em uma reta que se denomina base de série.

2ª categoria: constituída pelas que apresentam elementos de duas espécies como sejam pontos, e retas ou retas e planos. Na forma plana temos o conjunto de todos os pontos e de todas as retas contidas num plano.

3ª categoria: aqui estão as formas fundamentais: o espaço pontuado constituído por todos os pontos do espaço e o espaço de planos formado pelos infinitos planos do espaço.

            Se considerarmos reunidas as formas constituídas pelo espaço pontuado e pelo de planos, obteremos uma forma integrada por elementos das três classes e que recebe o nome de forma fundamental de terceira categoria. Neste grupo estão todas as formas que a geometria estuda como sejam os poliedros, superfícies, etc.

                                                                                               

26 de abril de 2013

A PINTURA e a ARTE TERAPIA




Pequenas indicações:

É uma atividade rítmica que exige aproximação e distanciamento.
Do ponto de vista terapêutico leva o cliente a ir do interior para o exterior.
Deve regular a respiração e a consciência deve se fazer presente na finalização dos trabalhos.

Indicações: naturezas inibidas, com distúrbios de desenvolvimento, insônia, anorexia, insuficiência ou excesso de afetividade, câimbras, histeria, esclerose, cálculos, obstrução das veias, angina, asma, epilepsia, formações tumorais, câncer.

Muito útil para crianças dispersas, com pouco interesse pelo mundo, bem como para pessoas muito intelectualizadas (umidificação da natureza física)

A Doutrina das cores de Goethe, oscila entre um discurso científico e uma linguagem poética; assim também a cor oscila ora como paixão, ora como ação.

A concepção da polaridade entre ação e paixão se reproduz no movimento da reflexão sobre as cores.

No primeiro momento precisam ser separadas entre si para depois serem reunidas novamente através da imaginação; esta transforma a polaridade originária numa totalidade. É por isso que uma linguagem das cores só pode ser figurada, simbólica.

Para Kandinsky, as cores provocam uma vibração psíquica. Escondem uma força real, embora mal conhecida, que age sobre todo o corpo humano.

“A cor é a tecla, o olho o martelo, a alma o piano de inúmeras cordas”.

As cores claras atraem mais o olho e o retém; claras e quentes mais ainda, vermelho – atrai e irrita os olhos, amarelo limão fere os olhos.

As cores existem, esta é uma verdade objetiva. Existem entre a luz e a sombra, a sombra antecedendo a luz. Luz e sombra se encontram, sua interação gera movimento no espaço, esta é a origem de todas as cores – o trágico do encontro das sombras com a luz. Atrás de cada cor há movimento e seu fim é a forma.

Sombra: cuidado, proteção, amor, crescimento, sustentação.

Luz: irradia do centro para a circunferência, carrega o impulso da forma, é clara, fria, acabada.

Cores segundo Dra. Margarethe Hauschka

Azul – resplendor da alma, representa a totalidade das forças anímicas; azul cobalto é o mais celestial.

Todas as nuances de azul estão entre cobalto e índigo.

Azul mais frio – da prússia, pressiona para a forma podendo tornar-se bastante físico no efeito até à materialidade muito rude.
Nos tornamos mais macrocósmicos na identificação com o azul.

Índigo – já se apossa da alma, pressentimento da morte. O tom azul no índigo faz manifestar-se como vivência anímica, aprendemos a superar a solidão do EU quando ele recebe impulsos e fortalecimento.

Amarelo – ascendemos à luz; contém algo mercurial que une fortemente.

Vermelho – resplendor da vida. Com o vermelho aprendemos a orar; no vermelho reside a escuridão, vontade, o calor.

Violeta – revelação da escuridão

Laranja – aprendemos o conhecimento, a nostalgia do conhecimento da essência íntima das coisas. Sentimento que se volta para fora.

Verde – imagem morta da vida. Pertence às cores crísticas, às cores imaginativas.
( branco, preto e pêssego) A morte e também a redenção são os segredos do verde. O verde provoca vivificação da organização sensorial, processo calmante da alma.


Relação com o zodíaco:

Balança – violeta, essência
Virgem – índigo, aparência
Leão – azul, tempo
Câncer – verde, espaço
Gêmeos - amarelo, quantidade
Touro – laranja, qualidade
Áries – vermelho, atividade
Peixes – vermelho mais forte, sofrimento, passividade
Aquário – avermelhado – comportamento
Capricórnio – cor de pêssego, localização, situação
Sagitário – violeta mais claro, relação
Escorpião – violeta claro - substância


Fonte: Terapia Artística, vol 2, Natureza e Tarefa da Pintura Terapêutica - Margarethe Hauschka


15 de abril de 2013

August Macke




August Macke, nasceu em 03 de janeiro de 1887 em Meschede na Westfália. Seu pai August F. Hermann Macke era engenheiro civil e empreiteiro, sua mãe Maria Florentine, conhecida na época de solteira como Adolph, era empreendedora de um agricultor. Seu pai possuía um forte gosto pelas artes, possuindo um talento invulgar. Após o nascimento de Macke eles se mudaram para uma casa, na colônia de Brüsseler Strasse. Em 1897, Macke ingressou na escola secundária de Kreuz, onde conheceu Hans Thuar. O pai de Thuar possuía uma coleção de Xilografias japonesas, que casaram uma forte impressão em Macke.
Macke mudou-se para Bona no final de 1900, onde ingressou na escola secundária de Bona. Macke conheceu Elisabeth Gerhardt, que se tornaria mais tarde sua futura esposa, a caminho da escola em 1903.
Ainda na escola Macke viu algumas pinturas de Arnold Böcklin no Kunstmuseum de Basileia, onde simbolismo do artista deixara uma marca profunda no jovem sensível. Esta foi uma grande influência no desenvolvimento artístico de Macke, que estava cada vez mais determinado a ser artista. Essa idéia era contraria por seu pai, que na altura da quase pobreza preocupava-se com o futuro do filho e achava que ele deveria levar uma vida normal.





Contudo, os planos de Macke encontraram o apoio de um artesão, Alfred H. Schütte, um industrial pai de um colega, que, além de financiar seus estudo, permitiu a ele submeter seu trabalho à opinião de Paul Clemem, professor de História de Arte em Bona, e de Claus Meyer, pintor e professor na Academia de Düsseldorf. Na realidade Macke nunca teve preocupações financeiras, fato que teve suas repercussões no seu desenvolvimento artístico e nas suas obras.Macke deixou a escola secundária cedo, em outubro de 1904, iniciou os seus estudo na Academia de Düsseldorf, começando por frequentar uma aula elementar regida pelo pintor de história Adolf Maennchen.
Na Academia desenhava-se com a ajuda de moldes, que deixou, tempos depois, de satisfazer Macke. Com isso seu entusiasmo inicial deu lugar a uma atitude mais céptica em relação a Academia. No outono de 1905 ele se inscreve na Faculdade de Arte Aplicada. Dois anos antes o arquiteto Peter Behrens havia sido nomeado reitor da Faculdade e havia reformado o ensino de acordo com as idéias progressistas do movimento das artes e o ofícios britânicos.
Macke gostava de trabalhar com a natureza. Ele era inspirado pelo seu trabalho no Düsseldorfer Schauspielhaus, que tinha a direção de Louise Dumont e Gustav Lindemann desde de 1905. Ele foi apresentado a um círculo de ativistas e de progressistas ligados ao teatro. Todavia, quando lhe ofereceram o lugar de diretor artístico da Associação de Teatro, ele recusou. Embora esse trabalho lhe interessasse, seu desejo de se firmar artista prevaleceu.
As primeira tentativas artística datam de 1902.

Em janeiro de 1904, ele já tinha enchido o seu primeiro caderno de esboços (revelando a influência de Böcklin), mesmo antes de ingressar na Academia de Düsseldorf. Ele era apaixonado pela captação de imagens do cotidiano. Durante sua curta vida ele encheu um total de 78 cadernos, num total de mais de 3 mil páginas, muitas utilizadas ambos os lados.
Os trabalhos simbolistas de Max Klinger e naturalistas de Hans Thoma e Wilhelm Leibl tiveram forte influência sobre Macke no início de sua carreira.




Em 1907 ele visita o Kunsthalle e a Sala das Gravuras onde acontece seu primeiro encontro com o Impressionismo Francês. Em junho, faz sua primeira visita a Paris. Em Outono entra para o atelie de Lovis Corinth, em Berlim. Em 05 de outubro de 1909, após se apresentar ao Serviço Militar, casa-se com Elisabeth Gerhard e tem a sua lua-de-mel em Paris. No final de Outubro, o casal muda-se para Tegernsee.
Em 13 de abril de 1910 nasce seu filho Walter, e em novembro retornam a Bona. Em fevereiro de 1911, muda-se para um novo estúdio nº 88 (hoje 96), da Bornheimer Strasse. No final do verão conhece Paul Klee, depoi de visitar a Suíça. Exibe 3 quadros na primeira exposição do Blaue Reiter na Galeria Thannhauser, em Munique.
Na Primavera de 1912 viaja para Holanda. Exibe mais 16 desenhos na segunda exposição do Blaue Reiter. No final de setembro, viaja para Paris com Franz Marc e visita Robert Delaunay. Em outubro vê pinturas futuristas no Kunstsalon Feldmann, em Colónia.
Em 08 de fevereiro de 1913 nasce seu segundo filho, Wolfgang. Em março visita a exposição de Delaunay, em Colónia. Em outubro, instala-se em Hilterfingen, no Lago de Thun, na Suíça.
No início de abril de 1914, ele viaja para Marselha, via Thun e Berna. A 06 de abril faz a travessia de Marselha para Tunes na companhia de Klee e Moilliet. A 22 de abril, regressa com Moilliet a Hilterfingen, via Palermo e Roma. No início de junho, regressa a Bona.

Em 08 de agosto é chamado para o serviço militar e em 26 de setembro, August Macke é morto em combate.



Informações retiradas do livro: "Macke" de Anna Meseure.
(c) 2000 Benedikt Taschen Verlag Gmbh.


Vincent Van Gogh


13 de abril de 2013

Código Artes Leonardo da Vinci e Boticelli


Código artes Leonardo da Vinci 



Leonardo da Vinci, o grande maestro renascentista, foi discípulo de Verrochio, alquimista e hermetista conhecido na época, quem influenciou também a Sandro Felippepi, mais conhecido sob o pseudônimo de Boticelli, outro grande pintor da Renascença italiana. O biógrafo de da Vinci e seu contemporâneo, Vascari, definia o MAESTRO como sendo possuidor de "mente herética". Apontado como tendo sido um dos Grão-mestres da poderosa sociedade secreta - Le Prieurè de Sion - (1510-1519). A historiadora inglesa - Dame Francis Yeats - considera ter sido o pintor um adepto da "Rosa Cruz Fama Fraternitatis" (membro do "Le Prieurè de Sion"), e um dos maiores usuários do que se chama de "double entendre" (duplo sentido).



Códigos usados por da Vinci na sua obra 





Santa Ceia - João, o discípulo amado, é uma mulher (que não se leve em conta o homossexualismo confesso do pintor). Usa correntinha de ouro no pescoço e afasta-se de Jesus com uma coqueteria feminina, incontestável. Seria Madalena?
João / figura feminina e Jesus, usam o chamado "efeito espelhado": túnica vermelha e manto azul, Jesus, Túnica azul e manto vermelho. O "espelho" simboliza a entrada para uma realidade oculta. Um crítico de arte verá que os grupos formados por Jesus e João / figura feminina, pelo afastamento da suposta Madalena, formam um M no centro do Quadro. O M foi um código muito usado pelos Templários e sobre o qual existe controvérsia: M, símbolo da constelação Virgo M de Madalena, venerada pelos Templários? 
No "grupo de Jesus", aparece "mão anômala" fazendo o "gesto ou dedo de João" (o Batista) tão caro a da Vinci que usou este símbolo com grande constância na sua obra. O próprio da Vinci encarna S. Judas Thadeu e o Prior do Monastério de Santa Maria, quem da Vinci odiava, foi colocado na pele de Judas! Apesar de ser a cena da "Instituição da Eucaristia", não há vinho e pão na mesa posta por da Vinci, o pão está reduzido à migalhas esparsas.



Outros códigos usados por da Vinci nas suas obras 





Virgem das Rocas - Maria parece proteger Jesus e sua outra mão, como garra, parece afastar João Batista. O Menino Jesus é quem recebe a "benção" de João Batista. João Batista era venerado pelos Templários e algumas das seitas esotéricas, (às vezes, até mais do que o culto prestado a Jesus), em todos os seus símbolos. O "carob tree", árvore símbolo de João Batista e o "gesto de João" - tela: "Adoração aos Magos". Nesta tela da Vinci se auto retratou, dando as costas à cena da Natividade. Os anônimos do quadro ignoram Jesus e "velam" o "carob tree". São João Batista (escultura) o "dedo ou "gesto" de João".



Código artes Boticelli 








No quadro "Maria aos pés da Cruz", Boticelli empregou os seguintes códigos: Maria Madalena veste "capa cardinalícia". O vermelho, símbolo do status clerical, símbolo dos bispos, demonstra a reverência de Boticelli à Madalena, versado como foi nas artes esotéricas assimiladas de Verrochio (outra cor símbolo: o verde / fertilidade).
O anjo segura uma raposa pelo rabo: a raposa é o símbolo da "falsidade pia". Parece que Boticelli acreditava, como os gnósticos, que Jesus sobreviveu à crucifixão. Piero Alla Francesca, pintor renascentista, também pintou Madalena usando a "capa cardinalícia" - Madalena era "Grã-sacerdotiza Nazarite" pertencente à Igreja Nazarena a verdadeira religião de Jesus, o Nazareno. Não por haver nascido em Nazaré, inexistente naquela época e sim por pertencer à seita nazarena (outras seitas: zadoquitas, saduceus, essênios, etc).





Fonte: Lynn Picknnet and Clive Prince: "The Templar Revelation".



11 de abril de 2013

Expressionismo, mais um pouco


Para realmente entendermos  o movimento expressionista, necessitamos conhecer a visão do mundo alemão. Sem duvida tanto o romantismo quanto o expressionismo são os dois movimentos artísticos que mais refletem a cultura alemã. Longe de afirmarmos que estes movimentos sejam exclusividade do povo alemão eles apenas demonstram respectivamente a passionalidade e a inquietação espiritual deste povo. O movimento expressionista nasce na Alemanha por volta da 1905, seguindo a tendência de pintores do final do século XIX, como Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Matisse. A fundação nesta data da sociedade dos artistas Die Brücke (A Ponte) marcou o início de uma nova forma de arte que se diferencia do fauvisme francês, principalmente no que se refere à sua emoção social.

Duas características podem ser consideradas fundamentais no movimento expressionista:

* A reação contra o passado - o expressionismo não reage apenas contra este ou aquele movimento, contra o naturalismo ou os vários movimentos vigentes na Alemanha na época, mas reage, sem mais, contra todo o passado; é o primeiro movimento cultural que deve ser compreendido, antes de mais nada,  por uma rebelião contra a totalidade dos padrões, dos valores do ocidente. A arte cessa de gravitar em torno de valores absolutos.

* Sem duvida temos uma filiação do expressionismo com o romantismo. A diferença fundamental é que no expressionismo o confessado não é de ninguém , o autobiográfico não tem rosto, a arte não manifesta a subjetividade de um Beethoven, pois, bem ao contrario, diz algo que em última análise releva do impessoal.  Umas das grandes  influências vem sem dúvida de Freud, e isto por duas razões. Em primeiro lugar a psicanálise liberta do passado . Transportando isto em termos de cultura, podemos dizer que a psicanálise liberta da tradição, da história. Em segundo lugar, a perspectiva de Freud é a da subjetividade; ao contrário do que acontece na psicologia clássica, a raiz dessa nova subjetividade é impessoal: o inconsciente foge à alçada daquilo que se considerava ser a pessoa, e a subjetividade torna-se mais anônima.



Se devêssemos escolher uma palavra para definir o expressionismo esta palavra seria o grito. Pois o expressionismo é o grito que brota de uma solidão radical, o grito de um homem identificado ao grito. Grita-se porque só resta o grito, expressão de um sem-sentido radical. Por isso é freqüente encontrarmos personagens destituídas de identidade; ou bem a identidade se fragmenta, chegando a se plurificar em diversas personagens, ou então é negada transformando a personagem em uma espécie de marionete.

9 de abril de 2013

CUBISMO







Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.

O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.

Principais características:

* geometrização das formas e volumes; 
* renúncia à perspectiva; 
* o claro-escuro perde sua função; 
* representação do volume colorido sobre superfícies planas; 
* sensação de pintura escultórica; 
* cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.





O cubismo se divide em duas fases:

Cubismo Analítico - caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas.

Cubismo Sintético - reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis.

Principais artistas:

Picasso - tendo vivido 92 anos e pintado desde muito jovem até próximo à sua morte passou por diversas fases. Entretanto, são mais nítidas a fase azul, que representa a tristeza e a melancolia dos mais pobres, e a fase rosa em que pinta acrobatas e arlequins. Depois de descobrir a arte africana e compreender que o artista negro não pinta ou esculpe de acordo com a tendência de um determinado movimento estético, mas com uma liberdade muito maior, Picasso desenvolveu uma verdadeira revolução na arte. Em 1907, com a obra Les Demoiselles d’Avignon começa a elaborar a estética cubista que, como vimos anteriormente, se fundamenta na destruição de harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade. 
Podemos destacar, também o mural Guernica que representa, com veemente indignação, o bombardeio da cidade espanhola de Guernica, responsável pela morte de grande parte da população civil formada por crianças, mulheres e trabalhadores, durante a Guerra Espanhola. 
Outra obra destacada: O Poeta.


Braque - um artista que passou pela fase do cubismo analítico e sintético. Obra destacada: Mulher com Violão. 




Dos artistas brasileiros destacamos:

Tarsila do Amaral - apesar de não ter exposto na Semana de 22, colaborou decisivamente para o desenvolvimento da arte moderna brasileira, pois produziu uma obra indicadora de novos rumos. Em 1928 deu início a uma fase chamada antropofágica. A ela pertence a tela Abaporu cujo nome, segundo a artista é de origem indígena e significa “antropófago”. Também usou de temática social nos seus quadros como na tela Operários.

Rego Monteiro - um dos primeiros artistas brasileiros a realizar uma obra dentro da estética cubista. Estudou em Paris, depois da Semana de Arte Moderna, sua vida alternou-se entre a França e o Brasil. Foi reconhecido também naquele país, tem seus quadros dentro do acervo de alguns importantes museus. 
Obra destacada: Pietà.

8 de abril de 2013

EXPRESSIONISMO




O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores patéticas, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. 


Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais.


Principais características:

* pesquisa no domínio psicológico;

* cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
* dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
* pasta grossa, martelada, áspera;
* técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
* preferência pelo patético, trágico e sombrio

O principal precursor do movimento é o pintor holandês Vincent van Gogh, dono de pinceladas marcantes, de cores fortes, traços marcantes, formas contorcidas e dramáticas. 





O expressionismo foi a primeira vanguarda artística do século XX, sua principal característica  foi a deformação da realidade sob a óptica dos sentimentos. Já não se procurava imitar o modelo da natureza ou o objeto real. Havia uma realidade ainda mais importante: a da visão subjetiva do artista.  Seus quadros foram os primeiros nos quais o objeto representado se distancia totalmente do modelo original. O termo expressionismo (com o sentido de retorcer, em alemão) foi cunhado pelo galerista Georg Levin em 1912.

Com esse nome eram designados os grupos das vanguardas européias, como o Die Brücke (A Ponte), cujos temas centrais eram as paisagens de policromia exacerbada e o corpo humano sintetizado em poucas linhas. Composto pelos pintores Emil Nolde, Ernst Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff e Max Pechstein. O que mais se destacaram em suas obras foram a agressividade da cor e a falta de tranqüilidade das formas. Sua preocupação era reformular os temas impressionistas. 

Os artistas do Die Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) usaram as teorias musicais para conseguir composições de colorido harmonioso e formas totalmente abstratas. Para os expressionistas vienenses, ao contrário, o tema central era o resgate do feio como novo valor estético. Entre seus  representantes estava Vassili Kandinski, Franz Marc e August Macke e os artistas Oskar Kokoschka e Egon Schiele, na Áustria, e Georges Rouault, na França, para citar alguns.

Com o expressionismo, conceitos como deformação da realidade, expressividade da cor e abstração das formas passaram a ser os novos princípios da arte. A escultura expressionista é escassa, e a arquitetura circunscrita a este movimento é exclusivamente teórica. Contudo, os princípios plásticos enunciados pelo expressionismo marcarão a estética de todas as disciplinas artísticas que vão surgir mais adiante, no século XX.






Foram três as etapas que levaram o expressionismo ao amadurecimento: o primeiro, o período da arte naïf, em que se vislumbrou a importância da arte como meio de expressão dos sentimentos humanos; o segundo, denominado expressionismo puro, cujo tema principal foi a abstração das formas; e, finalmente, os períodos anteriores e posteriores à Primeira Guerra Mundial, nos quais atuou como implacável crítico da sociedade.



  As obras propõem uma ruptura com as academias de arte e com o impressionismo. É uma maneira de recriar o mundo em vez de apenas captá-lo ou moldá-lo conforme as leis da arte tradicional. As características mais significativas são distanciamento da pintura acadêmica, ruptura com a ilusão de tridimensionalidade, resgate das artes primitivas e uso arbitrário de cores fortes.    Muitas obras exibem textura áspera por causa da quantidade de tinta nas telas. É comum o retrato de seres humanos solitários e sofredores. 




Com a intenção de captar estados mentais, vários quadros mostram personagens deformados, como o ser humano desesperado sobre uma ponte de O Grito, do norueguês Edvard Munch (1863-1944), um dos expoentes do movimento. 



 Na América Latina, o expressionismo é principalmente uma via de protesto social e político. No México, destacam-se muralistas como Diego Rivera (1886-1957